Segurança Futebol Clube

Segurança Futebol Clube

Paola Duarte

09/04/2018


SINOPSE:

Felipe sempre quis trabalhar nos estádios de futebol. Diferente da maioria dos garotos, seu sonho não era ser jogador, mas policial do Batalhão de Choque. Para isso, ele precisa fazer um dos cursos mais complicados e exigentes de São Paulo: «Policiamento em Espetáculos Públicos». O filme Segurança Futebol Clube conta a trajetória e os desafios de Felipe para conquistar seu sonho, enquanto levanta questões sobre o policiamento em estádios e as torcidas.


CENA 1- Quartel do 2º Batalhão de Polícia de Choque – Preparação pré-jogo:

Felipe escutando no rádio que a torcida está chegando e começa a correr junto com outros policiais. Torcida chega aos gritos da torcida adversária. Felipe começa a fazer o policiamento da multidão, segurando um escudo e guiando o grupo para o local adequado, tomando cuidado com os torcedores adversários e as provocações.

CENA 2- Cartela: um meses atrás…

CENA 3- Casa do Felipe: Personagem acorda e explica que este é seu primeiro dia no curso de Policiamento para Espetáculos Públicos. Congela imagem de Felipe, «cartela» por cima explicando o termo «Espetáculos Públicos». Fala um pouco sobre o que espera do curso, enquanto bebe um café. Começa a arrumar a farda, fechando os últimos botões. Passa pelo sala e entra seus pais, que acabaram de acordar. Deseja um bom dia e sai de casa.

CENA 4- Entrevista: Major Vilariço explicando a finalidade do curso e como foi criado.

CENA 5- Transporte público: Felipe a caminho do quartel. Ele pega sua «câmera pessoal» e grava como se estivesse tirando uma selfie, em estilo vlog diário. Comenta como entrou no policia, porque quis ser policial.

CENA 6- Chegada no Quartel: Felipe chega no metrô Tiradentes e vai andando até o 2º Batalhão de Polícia de Choque. Encontra alguns amigos no caminho e cumprimenta alguns superiores que estão no local. Ao passar pela «varanda» que tem o símbolo do choque estampada no chão, Felipe explica que é proibido pisar no símbolo, em sinal de respeito.

CENA 7- Primeira aula: Felipe entra na sala para assistir a aula. Na aula, o Tenente responsável explica algumas questões sobre segurança pública e controle de multidões. Conta a história do primeiro grande «acidente» nos estádios de futebol: Liverpool x Juventus.

CENA 8- Entrevista: Jornalista Claudio Zaidan, comentarista da Rádio Bandeirantes, conta sobre o caso de Liverpool e como a Inglaterra superou essa situações. Comenta que a primeira ministra, Margareth Thatcher criou uma série de leis para que o acontecido não se repetisse, além de punir o Liverpool. «Foi nesse momento que perceberam que era necessário leis».

CENA 9– Treino Físico: Tenente fala que todos precisam seguir para o treinamento físico. Enquanto se encaminha para o local do treino, Felipe explica como que o treinamento funciona. Existe vários pontos que devem ser alcançados, cada um deles tem uma nota máxima. Exemplo, subir na corda: é proibido usar os pés, apenas podendo utilizar os braços. Caso chegue até o fim da corda, sua nota é 10. Caso suba até a metade, sua nota é 5. Se apenas conseguir subir duas ou três braçadas, sua nota é zero. É necessário ter uma média em todas as etapas, para que o treinamento seja eficaz. (cena: Imagem da corda. Mostra alguns policiais subindo apenas com os braços, congela imagem. Aprece dizeres proibido usar as pernas. Volta cena da corda, mostra todo, meio e fim, tudo seguido com uma animação).

CENA 10– Ação: A equipe recebe as instruções e começam a fazer o treinamento. Felipe começa o treinamento com sua equipe.

CENA 11– Entrevista: Voz por cima do treinamento – Tenente Coronel Gonzalez fala sobre a importância do treinamento. Corta para o Major Vilariço explicando que o curso é reconhecido mundialmente e é referência no Brasil.

CENA 12– Entrevista: Volta para Gonzalez, contando como escreveu o Manual de Policiamento para Espetáculos Públicos, este que é usado em aulas e no policiamento do Estado de São Paulo inteiro. Na época em que era Capitão, Gonzalez foi chamado para uma conferência e curso sobre Segurança nos Estádios em Madri, como representante da Policia Militar do Brasil. Apenas dois policias brasileiros foram chamados. Através desse curso e de suas vivências, o policial escreveu o Manual.

CENA 13– Cotidiano: Felipe almoça com todos os policiais no refeitório. Segue contando que o curso tem duração de 1 mês, mas que fica o dia inteiro tendo aulas e fazendo treinos. Segue o dia de forma acelerada. Felipe apenas teve mais aulas. Volta para casa, exausto.


CENA 14– História de Felipe: Depois de um longo dia de trabalho, Felipe volta para sua casa e encontra seus pais. Eles sentam para jantar todos juntos. Imagens mostram a intimidade ente a família, especialmente a forma com que a mãe cuida e se preocupa com o filho. Ela serve a janta para ele, pergunta como foi seu dia, mostra interesse em seu cotidiano. Entre as conversas, Felipe fala sobre a aula que teve no dia. Seus pais comentam seus temores em relação a profissão do filho, inclusive levantam a questão das brigas em estádios.

CENA 15Aula novamente: No dia seguinte. Durante a aula, Tenente explica sobre controle de multidão e de torcidas. Mostra o caso de 2006, quando a torcida do Corinthians, após perder um jogo da Libertadores, resolver invadir o campo. Cenas da briga aparecem no telão. Felipe olha atento. Seu rosto está um pouco escuro pela falta de luz na sala, mas se ilumina com as imagens que estão sendo projetadas. Foca nos olhos.

CENA 16 – Entrevista: o jornalista André Ranieri, repórter de campo da Rádio Jovem Pan e corinthiano roxo, conta sua experiência neste dia da invasão. Ele ainda não estava na faculdade, assistiu tudo como torcedor corinthiano, na arquibancada. Enaltece o momento que um policial militar sozinho combate a multidão e depois detalha sobre a ação policial. Seu relato é mesclado com imagens de arquivo.

CENA 17 – Entrevista: Major Vilariço dá sua visão do dia. Ele estava na linha de frente do ocorrido. Fala sobre as dificuldades que tiveram.

CENA 18– Fim da aula: Felipe sai da sala com um grupo de amigos. Eles caminham comentando da aula. Felipe fala sobre o sentimento que tem quando vê esses vídeos, sobre os riscos corridos. Reflete sobre trabalhar em uma área que sua integridade física e moral estão sempre em xeque.

CENA 19- Segunda semana de Aula: Felipe, utilizando sua «câmera pessoal», conta que está começando a segunda semana de aula. Diz que agora as questões físicas e de estratégia estão cada vez mais frequente na sala de aula. Fala sobre a dificuldade das ações em conjunto e de controle de multidão.

CENA 20 – Estratégia: Professor aparece em frente a um campo de treinamento. O local é grande e é dividido em algumas partes. Uma parte é um campo aberto, com um pouco de «mato». Outra é um tipo de labirinto com paredes altas, para o treinamento de controle de multidões e combate em equipe. O Tenente explica o que a equipe precisa fazer e os direciona para o campo. Felipe começa a fazer o treinamento.

CENA 21 – Materiais: Ainda no mesmo local, um grupo de policiais experientes e já formados entram para mostrar como utilizar todos os materiais de controle de multidões. Felipe observa com atenção e faz os testes.

CENA 22 – Exaustão: Felipe, com sua «câmera pessoal» mostra o caminho para casa. Chega em casa e comenta com os pais como foi o treinamento. Conversa com os pais sobre o dia. Vai para o quarto, deita e dorme.

CENA 23- Fatores Psicológicos: Na terceira semana, a aula é sobre os Fatores Psicológicos que influenciam os torcedores. Diversos exemplos de brigas em jogos começam a pular na tela. Cenas da época que não existia a Torcida Única.

CENA 24 – Experiência Pessoal: Felipe levanta a mão na aula, contando uma experiência pessoal em que ele estava assistindo um jogo e viu uma briga entre torcidas. Fala sobre como os transportes públicos são palcos para grandes conflitos.

CENA 25 – Fatores Psicológicos: Professor começa a explicar os fatores influenciadores, mostrando seus oito tipos. Os principais são os de anonimato e de multidão. No caso do anonimato, se trata do torcedor saber que ele é anônimo e isso ser o gatilho para que ele faça as coisas que tem vontade. Já o de multidão, é o indivíduo saber que está dentro de um grupo e fica valente o suficiente para arranjar brigas ou ir de encontro com a polícia.

CENA 26 – Entrevista: João Cappellanes, jornalista da Rádio Bandeirantes, faz uma observação de sua experiência em campo. Comenta a diferença de torcedores se encontrando quando estão sozinhos e quando estão com mais pessoas. Diz que todo mundo é valente quando está em grupo.

CENA 27 – Dificuldades: Felipe, através de sua «câmera pessoal» conta um pouco sobre suas atuais dificuldade. Em formato de selfie ele diz que já chegou em casa, que está cansado e fala sobre seus dias nas aulas. A ansiedade de estar finalizando o curso começa a influenciar um pouco em seu desenvolvimento.

CENA 28 – Lazer: Felipe sai de casa em uma sexta-feira. Está indo em direção ao bar para encontrar alguns amigos do quartel. Chegando na mesa, pedem uma cerveja e começam a comentar sobre as relações pessoais deles. Contam sobre problemas familiares, amorosos, tudo de forma muito geral. Quando o curso está em pauta, Felipe conta que não teve tanto sucesso no teste físico como gostaria e que está tendo dificuldades para memorizar todas as leis de estádio. Se mostra confiante, deixando suas inseguranças para trás.

CENA 29 – Estudo: Felipe usa sua «câmera pessoal» para contar uma experiência. Ele foi convidado para sair no final de semana e teve que recusar para que pudesse ficar em casa estudando as leis. Ele mostra sua preparação para estudo. Comenta que sua mãe fez café para que ele pudesse ficar acordado.

CENA 30 – Quarta semana de aula: Chegando na última semana de aula, o curso começa a ficar mais específico. Professor começa a dar diversas situações diferentes para os alunos, contando como que eles devem agir em cada situação.

CENA 31 – Treinos mais pesados: Felipe e seus colegas começam a fazer os treinos sem orientações. Sabem exatamente o que devem fazer em cada situação e, quando os desafios aparecem no campo de treinamento, Felipe executa sem precisar fazer nenhuma pergunta.

CENA 32 – Último dia de aula: Alunos escutam a aula. Professor comenta o quanto eles evoluíram durante o mês. Começa a dar exemplo dos alunos, explicando o que eles melhoraram e se destacaram. Fala de Felipe. No final, diz que eles estão prontos para a ação e deseja uma boa sorte para o dia seguinte.

CENA 33 – Dia do jogo: Chegada no quartel: Felipe sai de casa um pouco ansioso, sabendo que é o dia em que fará pela primeira vez o policiamento. Chega no quartel, coloca seu uniforme e começa a preparar todos os detalhes para a hora do jogo. Todos os carros e equipamentos devem estar prontos antes da reunião pré-jogo.

CENA 34 – Reunião e saída do quartel: Felipe e todos os policiais vão até a sala de reuniões e escutam todas as instruções para o jogo. Assim que acaba, todos se direcionam para seus transportes. No caso dos alunos do curso, um ônibus pequeno. Se acomodaram e o ônibus seguiu o camburão em direção ao estádio. Dentro do veículo, todos os alunos se mostram ansiosos, mas conversam sobre o que tem que ser feito no estádio. Felipe conta que fazia tempo que esperava por este momento.

CENA 35 – Operação: Chegam no estádio. Vão almoçar. O chefe da operação direciona cada um dos policiais para uma área. Os policias do curso irão seguir instruções específicas, como revista no estádio, revista em torcedores e, caso não seja Torcida Única, direcionamento de torcida.

CENA 36 – Importância da ação: Felipe mostra sua animação com seus afazeres, mas explica que é necessário manter uma postura séria quando estiver com a torcida. Enquanto cenas dos policias efetuando suas tarefas são transmitidas, a voz do Tenente Coronel Gonzalez fala sobre a importância de um bom policiamento e o que acontece caso exista falhas em algum dos procedimentos.

CENA 37 – Ações pré-jogo: Felipe é direcionado para controle e separação de torcidas. Se assusta quando vê a quantidade de torcedores e seus cantos. Guia os torcedores até uma das áreas e depois tem que atravessá-los para chegar em outra torcida, para só depois conseguir voltar para o estádio.

CENA 38 – O jogo: Os alunos são direcionados ao policiamento dentro do campo. Cena mostra eles entrando por um dos corredores e indo até o gramado, enquanto o barulho da torcida fica cada vez mais alto. Os torcedores já estão em seus lugares. As torcidas precisam ser separadas por corrente de policiais.

CENA 39 – O jogo: Felipe fala que está nervoso, mas aparenta uma posição séria. Encara os torcedores e fica a maioria do tempo de costas para o jogo. Algumas instruções são encaminhadas por rádio e Felipe as segue. Não pode ficar conversando.

CENA 40 – Volta para casa: Felipe e os outros policiais do curso são dispensados. Dentro do ônibus, comentam animados o primeiro dia, mas sempre completam que estão exaustos. Conversam de forma descontraída e falam o quanto querem voltar para a casa o mais rápido possível, afinal, no dia seguinte teriam mais um jogo.

CENA 41 – Pós-jogo:Felipe utiliza sua «câmera pessoal» e fala sobre tudo que teve que fazer e sobre o maior desafio não ser apenas o trabalho, mas enfrentar a exaustão de ficar mais de 15 horas em pé – desde o momento em que chegou no quartel, até a hora da volta -, com apenas alguns minutos de descanso.

CENA 42 – Dia de trabalho: Felipe chega no quartel depois do fim do curso. Tem o começo do dia mais leve, com apenas afazeres cotidianos, sem aulas. Encontra com alguns amigos, agem normalmente, com algumas brincadeiras e voltam aos afazeres. Felipe comenta quais seus próximos desafios, quem sabe um show. Mostra onde passará o dia.

CENA 43- Novos Desafios: Já especializado, Felipe trabalha o final de semana inteiro nos campos de futebol. Sábado e Domingo. Mostra a hora que sai de casa e a hora que volta.

CENA 44- três meses depois…

CENA 45 – CENA FINAL: Felipe entrando em um ônibus. Conta que o novo desafio apareceu e que estava indo para seu primeiro policiamento em shows. O ônibus sai. Filme acaba.



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