Crônica – Marco Paraná _24 março 2020
Diário dos pets no isolamento
Todo mundo fala sobre a pandemia Corona Vírus, as terríveis consequências mundiais que este vírus vem causando na vida cotidiana das pessoas em todo o mundo.
Mas ninguém parou para pensar na vida dos pets. O quanto tudo isso vem afetando a vida cotidiana dos animais domésticos dentro de casa.
Em casa temos dois, o gato Samba e o Malasartes, meu cachorro.
Para o Malasartes nesses últimos dias a vida dele em casa passou a ser a melhor do mundo.
Passou a sair para caminhar pelo menos duas vezes ao dia, tem brincadeiras a todo momento, tem carícias de todos, comida e água a todo momento. E até tá rolando conversas de vez em quando com a minha esposa.
A vida do cara tá uma maravilha.
Sem falar que o cara não tem com que se preocupar, se faltará comida, pagar aluguel, contas diversas… e trabalho para ganhar o salário do mês, se é que teremos salário no fim do mês.
Tenho certeza que para ele este é o melhor momento da vida.
Já para o Samba (gato), com o isolamento da família em casa a vida dele passou a ser um inferno constante.
De repente, a casa passou a ter movimentações contastes dos seus moradores, que antes ficavam quase o dia todo fora, trabalhando, estudando, etc.
O sono tranquilo de todas manhãs e tardes, logo após as tranquilas caminhadas pelo jardim, acabaram.
Há novos sons irritantes, como os de aparelhos domésticos que não param de trituras coisas para fazer comidas, sucos, etc.
E o som da vitrola? Que não para de tocar músicas, uma hora é brega, outra hora é o sax agudo do Coltrane!
Ontem, por exemplo, inventaram de fazer bancos para o jardim com madeiras de paletes recolhidos na rua. Foi um inferno só! Uma cacofonia de sons de máquinas, serra, martelo, lixas, furadeiras.
Amanhã conto um pouco mais sobre o dia-a-dia dos meus pets, todos nós vivendo juntos no isolamento obrigatório.
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